sexta-feira, 28 de novembro de 2014

Prêmio Caneleiro de Arquitetura Sustentável escolhe projetos para edifícios educacionais em Teresina




Durante a realização do último workshop Teresina Sustentável – Ação Centro 2014, nessa quinta-feira (27), no Metropolitan Hotel, foram premiados os melhores projetos arquitetônicos escritos no prêmio Caneleiro de Arquitetura Sustentável, que serão implantados pela Prefeitura de Teresina em edifícios educacionais da capital. No total foram distribuídos R$20 mil em prêmios, contemplando duas categorias: estudante e profissional.  

De acordo com Cleto Barata, secretário municipal de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, a realização do concurso foi uma forma de estimular a criatividade dos estudantes e profissionais da Arquitetura para que estes desenvolvessem trabalhos sustentáveis. “Vamos levar todos esses projetos para a Prefeitura e aplicá-los. Acredito que esta é uma parceria que deve ser continuada e a nossa intenção é fazer com que o concurso seja realizado anualmente, fazendo com que os projetos sustentáveis sejam uma prática a ser incorporada na cidade”, ressalta.


"A realização do concurso é uma forma de fazer com que os alunos pensem mais a respeito da sustentabilidade para formularem soluções para a infraestrutura da nossa cidade, como propostas que se adequem ao clima de Teresina. Todos os trabalhos dos participantes do concurso serão expostos na Prefeitura, na UFPI e disponibilizados no site do IAB", afirma Nícia Formiga, professora do curso de Arquitetura da UFPI e presidente do Instituto dos Arquitetos do Brasil no Piauí.

O prêmio foi uma realização da Prefeitura Municipal de Teresina, através da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Recursos Hídricos – Semam, em parceria com o Departamento do Piauí do Instituto dos Arquitetos do Brasil – IAB. Aos escolhidos foi concedida uma premiação em dinheiro, sendo R$15 mil para modalidade profissional e R$5 mil para estudante. Segue abaixo o nome dos candidatos premiados com menção honrosa, bem como nas primeiras colocações:

Categoria Estudantes
1º lugar: Alana Carine Carvalho, Ramon de Sousa, Daniel Moura e André Luigi
Menção Honrosa: Moema Santos Soares e Camila de Sousa Ferreira

Categoria Profissional
1º lugar: Raimundo Dias Filho
Menção Honrosa: Moisés Rocha Luz


Sobre Territórios Socialmente Responsáveis

                                                                                                                                  

                                Foto: centro de Teresina


                                                                                                                                  Ana Regina Rêgo

O evento Teresina Sustentável realizado desde 2011 pelas instituições da sociedade civil:  ICC-Instituto de Comunicação e Cultura, IAB-Instituto dos Arquitetos do Brasil-Piauí e CAU-Conselho de Arquitetura e Urbanismo-Piauí  acontece hoje no Metropolitan Hotel e dentre os temas apresentados encontra-se Territórios Socialmente Responsáveis em uma abordagem que procurar identificar a responsabilidade do campo mercadológico e do poder público nesse movimento. A palestra proferida pelo Mestre em Políticas Públicas e Sociais, Josep Maria Canyelles de Barcelona – Espanha tem como objetivo contribuir para levar o debate para além da esfera pública e envolver  o mercado e seus agentes em um processo de responsabilidade frente aos territórios em que atuam.
Para Canyelles a compreensão de TSR-Território Socialmente Responssável  traz à tona o processo de desenvolvimento integral de políticas que fomentem a sustentabilidade no âmbito de territórios concretos, através de estratégias colaborativas que proporcionem benefícios para todos os envolvidos, tais como setor público, mercado e sociedade, tendo como pressuposto básico a satisfação das necessidades de determinado território no concerne aos segmentos econômico, social e ambiental. Nesse contexto reforça Josep Canyelles, a adoação de práticas de voluntariado é de extrema importãncia.
Por outro lado, o autor mencionado, nos esclarece que assim como o conceito de RSC-Responsabilidade Social Corporativa, o de TSR-Território Socialmente Responsável não é novo. Segundo Canyelles do ponto de vista histórico tem se procurado trabalhar os TSRs tendo como base tripé composto pela colaboração entre o setor público, o segmento empresarial e a universidade, como vetor de desenvolvimento e conhecimento, em prol do desenvolvimento rural e territorial.
Contudo, enfatiza Canyelles, um Território Socialmente Responsável não sofre intervenções somente de políticas públicas como é comum em todas as nações, mas se utiliza e beneficia de ferramentas e de trabalho de outros setores e de cláusulas sociais do setor público que compõem parte de sua responsabilidade social.
Além dos três setores, a saber: Estado, Mercado e Terceiro Setor, também compõem um TSR outras partes que se coloquem como interessadas. Deste modo a educação possui um papel relevante na formação do capital humano e difusão de valores, afirma Canyelles, do mesmo modo, os meios de comunicação que servem também de elo de ligação entre os agentes de cidadania, que por sua vez, possuem um papel central na construção da Responsabilidade Social para os demais atores no processo de transformação social.
Para o catalão e  especialista em Responsabilidade Global, “ uma cidadania empoderada e implicada é pois, ao mesmo tempo uma forte força para a implementação de uma política para o desenvolvimento de um Território Socialmente Responsável e uma condição necessária para a existência de um TSR.
Para Canyelles a RST- Responsabilidade Social de um Território não se compõe da soma da Responsabilidade Social de cada setor, mas sim da sinergia resultante da interação de todas elas em prol assunção dos desafios  descritos em um plano ou uma rota territorial  em que de forma consensual, todos assumam os seus papéis.  Esse plano é o primeiro passo para o desenvolvimento de um Território Socialmente Responsável e nele devem está contidos não somente propostas do setor público, mas sim de todos os envolvidos no e com o território. E ressalta ainda  o autor, que no plano deve está bem detelhada a estratégia ou estratégias  que se deseja seguir.
Para Josep Canyelles os Territórios Socialmente Responsável devem adotar ferramentas de gestão adequadas que os conduzam para um sistema de gestão territorial ético e socialmente responsável. Para ele “o sistema de gestão deve contemplar os pilares da gestão de ativos do território, assim como dos agentes chaves e das infraestruturas sociais, que são os mecanismos através dos quais agentes e atores do território se vinculaam, coordenam e cooperam”, afirma o autor. Esse processo de cooperação e vinculação proprociona a coesão e conexão das pessoas, portanto, nesse cenário, é que se percebe o voluntariado como um dos mecanismos que facilita a interconexão entre agentes, fomentando assim a prática da cidadania.
Vale ressaltar que o voluntariado é uma ferramenta de fusão de responsabilidades bem eficaz, tanto no que concerne as responsabilidades individuais como no que se refere às corporativas e que em um processo de atuação em um determinado território podem ser a força motora de transformação, ao lado, do Estado e do Mercado.
Por outro lado, as alianças e parcerias entre os setores público, privado e Terceiro Setor podem ocasionar em boas soluções para problemas territoriais concretos. Como exemplo Canyelles menciona a “Aliança pela Água” (www.alianzaporelagua.org) que consiste em um projeto concretizado a partir de uma parceria entre a administração pública, as empresas que exploram a água, centros de pesquisa e opinião, entidades sociais e cidadãos, e que atua tanto na Espanha como na América Central visando melhorar a qualidade da água e o saneamento básico para as populações aonde atua.
Canyelles ressalta que se faz necessário a adoção de um sistema de gestão territorial que envolva representantes dos setores e instituições envolvidos com o plano de Território Socialmente Responsável, e possua uma estrutura que contemple responsabilidades, procedimentos, processos e recursos definidos para se conseguir atingir os objetivos traçados inicialmente.
A proposta de Canyelles se coaduna com a intenção dos realizadores do Teresina Sustentável – Ação Centro que tem objetivo apresentar propostas viáveis para melhorar a vida no centro de nossa cidade a partir da implementação de parcerias público-privadas e que também envolvam o terceiro setor, considerando que são três entidades da sociedade civil que estão chamando para o debate.
Desse modo, é que se pretende pensar em soluções que possam ser de responsabilidade do empresariado que possui seu estabelecimento comercial no centro e pode dar mais conforto ao seu cliente melhorando os passeios e facilitando o acesso de todos, o que pode proporcionar futuramente, inclusive, o incremento das vendas com a atração de um público consumidor maior. Por outro lado, todos devem pensar no centro como um lugar que deve ter seu patrimônio preservado já que é parte constituinte de nossa memória e de nossa identidade.


quinta-feira, 27 de novembro de 2014

GRUPO DE TRABALHO PROPÕE INTEGRAÇÃO DOS EQUIPAMENTOS CULTURAIS DO CENTRO DE TERESINA


Fortalecer os equipamentos de cultura com a criação de eixos urbanos integrados ao corredor cultural e aos circuitos das praças, museus e casas de culturas. Essa é a principal proposta apresentada pelo grupo de trabalho Corredor Cultural, na tarde desta quinta-feira (27), no último workshop Teresina Sustentável, no Metropolitan Hotel. Dentre dessa perspectiva, o MISPI – Museu da Imagem e do Som será mais uma casa de cultura do Centro da capital e será o responsável em articular as ações integradas e também incorporar os incentivos de novas atividades da economia criativa ligada ao cinema e às artes.  

“Ao mesmo tempo esse corredor está conectado com a mobilidade, moradias urbanas e também com a economia criativa. Com um corredor verde que vai ser o elo entre esses equipamentos culturais, o visitante poderá realizar o circuito das igrejas, das praças, integrado a orla do rio Parnaíba de forma agradável e proveitosa”, explica Júlio Medeiros, arquiteto e um dos idealizadores do evento.


O MISPI é um projeto desenvolvido pela Prefeitura de Teresina e que está sendo licitado, configurando-se como um plano de requalificação no desenho urbano de Teresina, no corredor cultural com acessibilidade, conforto público e identidade cultural. Será localizado ao lado da rua climatizada, no Centro da capital. Aliado a isso, o grupo propôs a promoção da integração das atividades culturais e unificação dos planos de divulgação dos equipamentos culturais, sendo eles: Museu do Piauí, Casa da Cultura, Museu de Arte Sacra, Teatro 4 de setembro, Praça Pedro II, entre outros ambientes históricos e culturais da cidade.

No decorrer dos trabalhos do grupo de pesquisa também ficou acertado o desenvolvimento do projeto Orla do rio Parnaíba com o teatro flutuante, bem como o aproveitamento das coroas e o píer para embarcações também integradas ao corredor cultural. Circuito das praças e igrejas; circuito ferroviário da ponte metálica ao parque da cidadania também está previsto, assim como uma nova legislação do código de postura e programação visual das fachadas dos prédios e análise do inventário do patrimônio histórico existente para identificar o potencial das áreas e a paisagem urbana.


Participaram da mesa de discussões durante o evento: o design Paulo Dias; maestro Aurélio Melo; a historiadora Cecília Mendes e a doutora em Comunicação e Políticas Culturais Ana Regina Rêgo. Conheça outras proposições relatadas pelo grupo de trabalho:

*Criação do curso e escola de cinema                    
*Promover a visibilidade de feiras e eventos de cultura que fortaleçam os equipamentos do corredor cultural
*Criação do MAMPI, Museu de Arte Moderna do Piauí no prédio do Departamento de Estradas de Rodagem (DER), que é um prédio de caráter modernista
*Exploração turística da Orla do Parnaíba. proporcionando a integração desta com os outros pontos de interesse na área central 

Proposições para desenvolver a Economia Criativa nos centros urbanos


Durante as discussões do grupo de trabalho Economia Criativa nos centros urbanos, na tarde desta quinta-feira (27), durante o último workshop Teresina Sustentável 2014 – Ação Centro, foram propostas algumas proposições para desenvolver esta área do conhecimento no Centro da capital. Dentre as propostas constam o incentivo e divulgação dos pontos tradicionais do Centro; bem como a implantação de legislação de incentivo fiscal para instalação de economia criativa no Centro de Teresina.

Segundo Teresinha Ferreira, presidente do Conselho de Economia do Piauí, a implantação de uma escola para incentivo ao empreendedorismo é bastante viável, assim como o incentivo às atividades da rede de negócios relacionadas ao cinema e às artes.


“Criar condições especiais para a instalação de empreendedores culturais na área central, incentivando ainda a moradia próximo ao trabalho. Fomentar a criação de clusters criativos nas áreas de música, design, arquitetura, moda, dentre outras também estão presentes dentro da nossa proposta para desenvolver a economia criativa no Centro de Teresina. Para tanto tem que negociar com o poder público e a sociedade, instituições financeiras de como valorizar nossa cultura”, ressalta Teresinha Ferreira.


Outras proposições do grupo de trabalho: incentivar a criação de vias de atração com concentração de pontos de gastronomia regional; incentivar a integração entre os empreendimentos criativos. Também participaram da mesa de discussões o presidente do Sindicato dos Dirigentes Lojistas (Sindilojas), Luis Antônio; Cledson Evangelista, arquiteto e empresário; Sanderland Ribeiro, presidente do Conselho de Arquitetura e Urbanismo no Piauí; Ana Carla Fonseca, diretora da Garimpo Soluções Criativas.    

GT de Mobilidade Urbana sugere restrição do uso de automóveis e estacionamentos


Durante a apresentação dos diagnósticos, bem como sugestões para resolver os problemas de mobilidade urbana no Centro de Teresina, os membros que compõem o grupo de trabalho Mobilidade Urbana deram como sugestão a restrição do uso de automóveis, além de estancar a construção de novos estacionamentos nas vias públicas.

Para tanto, Nícia Formiga, doutora em Mobilidade Urbana e presidente do Instituto dos Arquitetos do Brasil no Estado, ressalta que deverá ser feito um estudo estratégico de pontos de estacionamento nas áreas adjacentes ao Centro, além de estimular o uso de outros tipos de meios de locomoção, como a bicicleta. Replantar árvores para proporcionar melhor conforto térmico na região central de Teresina também se configura como um ponto a ser melhorado.

“Propomos a reserva de áreas específicas de embarque e desembarque, bem como horários restritos para carga e descarga; área para acesso de serviços de emergência, redefinição dos anéis viários, além do reordenamento dos estacionamentos. Sempre buscando preservar os espaços históricos e culturais da cidade, que gradativamente vêm sendo destruídos em prol da construção de novos estacionamentos”, enumera Nícia Formiga.

Outras medidas propostas durante as discussões foram: incentivo à construção moderada de edifícios-garagem; acessibilidade; padronização especial; redesenho urbano (calçadas, arborização, fiação), deixando o centro histórico em evidência; criação de linhas de ônibus com circulação na área central; criação do círculo para bicicletas; redefinição do sentido das vias para valorizar os atrativos do Centro; instalação de bicicletários em locais estratégicos; criação de uma passarela flutuante entre Teresina e Timon.  


Participaram da mesa de discussões Francisco Gerardo; engenheiro civil e ex-superintendente da Strans; Nícia Formiga, presidente do Instituto dos Arquitetos do Brasil no Piauí; a arquiteta Lívia Brandão; Marcelo Mourão, engenheiro e coordenador especial da área central da SDU Centro/Leste; Lavínia Brandão, arquiteta da secretaria Municipal de Planejamento de Teresina.  

GRUPO DE TRABALHO PROPÕE SOLUÇÕES PARA RESGATAR A MORADIA NO CENTRO DE TERESINA


Após várias incursões ao Centro de Teresina, durante o ano de 2014, especialistas na área de mobilidade urbana fizeram diversas análises em relação ao quesito moradia urbana, com o intuito de resgatar prédios e residências no local para a habitação. Nesse contexto, uma das proposições para a requalificação urbana da área central da capital seria a mudança no uso de algumas edificações comerciais, ora subutilizadas, tornando-se de uso misto.  

A readequação da Orla do rio Parnaíba e sua exploração turística, que pode fazer uso de parâmetros urbanísticos para recuperar a importante relação do rio com a cidade também foi uma das soluções propostas. No entanto, alguns pontos devem ser observados, tais como a necessidade de revitalização da navegabilidade do rio para possibilitar esportes náuticos, bem como a criação de novos veículos que interliguem Teresina com a cidade de Timon, sejam através de passarelas, barcos ou balsas.


Segundo Ana Karine, conselheira federal do Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU), o incentivo à moradia da área central de Teresina pode ser efetivado através da ocupação dos pavimentos superiores das edificações, a exemplo de antigos hotéis no Centro da cidade que não são mais utilizados.

“Temos alguns desafios para moradia local, que deveremos partir do reforço da identidade do Centro; aumento da mobilidade e acessibilidade; melhoria das condições de habitação; incremento dos equipamentos e espaços públicos; além de criar oportunidades viáveis de emprego, entre outras medidas”, enumera Ana Karine.

Também participaram deste grupo de discussão André Galvão, gerente de Urbanismo da Superintendência de Desenvolvimento urbano de Teresina; Evelyne Labanca, presidente do Instituto Pelópidas Silveira em Recife; Ignácio Montenegro, arquiteto e urbanista, professor do Instituto Camillo Filho.  

Josep Canyelles debate a Responsabilidade Global das empresas


A segunda palestra do último workshop Teresina Sustentável 2014 – Ação Centro, desta quinta-feira (27), ficou por conta de Josep Maria Canyelles, que debateu sobre a adoção de ações socialmente responsáveis por parte das empresas. O palestrante possui experiência nos setores público e privado, atuando como promotor de Responsabilidade Global.

Segundo Canyelles, as organizações, sejam elas públicas ou privadas, têm que identificar temas importantes para a condução de suas trajetórias, devendo dialogar com os objetivos a serem realmente defendidos pelas empresas. 

“Esses valores poderão se reverter em ações voltadas pro campo ambiental, social, laboral ou de governança. Há trinta anos, os ideais defendidos pelas instituições eram típicos da essência de uma empresa, tais como atenção ao cliente ou mesmo a prestação de um serviço de qualidade. Hoje nos deparamos com ética, transparência, preocupação com o meio ambiente, ampliando o campo de atuação das boas práticas socialmente responsáveis”, compara.  

ABRAHÃO GAMA RECEBE HOMENAGEM DURANTE O TERESINA SUSTENTÁVEL 2014


O empreendedor de sucos naturais Abrahão Gama foi homenageado durante a abertura do Teresina Sustentável 2014 – Ação Centro, devido a sua importância cultural e histórica para a capital piauiense. Seu Abrahão, como é conhecido popularmente, recebeu menção honrosa como personalidade cultural da história de Teresina, além de ser presenteado com uma imagem de São Francisco produzida no polo ceramístico de Teresina.

“A simplicidade é meu troféu. Agradeço bastante pela homenagem, pois isso me traz paz de espírito e que essa imagem (São Francisco) que eu ganhei também represente a solidariedade humana, de que tanto precisamos”, afirmou seu Abrahão, que chegou à Teresina no início de 1945, vindo da cidade de São João dos Patos.


Especialista debate a transformação de cidades em ambientes criativos


“Devemos transformar os problemas sociais em soluções, resgatando as peculiaridades de cada lugar, tornando o talento criativo das pessoas em diferencial”, ressaltou Ana Carla Fonseca, doutora em Arquitetura e Urbanismo, durante a palestra de abertura do último workshop Teresina Sustentável 2014 – Ação Centro, realizado na manhã desta quinta-feira (27), no Metropolitan Hotel. O tema central do encontro deste ano foi “Cultura, Mobilidade, Moradia e Negócios integrados no mesmo lugar”.

Segundo Ana Carla, a Economia Criativa surge com mais força com o advento da globalização, em que as realizações sociais, empresariais e culturais, na maioria das vezes, partem do pressuposto financeiro. Daí a importância de fomentar o talento criativo das pessoas para que estas criem condições apropriadas e positivas no próprio ambiente em que vivem, evitando assim o fluxo migratório para as grandes cidades. Na oportunidade, a palestrante mostrou exemplos de cidades criativas que conseguiram reaproveitar espaços antes abandonados ou subaproveitados, tornando-os em atrativo para moradores e visitantes.  


“Acreditamos que as pessoas podem viver de forma criativa com aquilo que fazem, reinventando a lógica dos negócios existentes, partindo do melhor aproveitamento dos recursos ambientais. Nesse contexto, a cultura vai despontar como um ponto chave para o fortalecimento das indústrias criativas, causando assim grandes impactos nos setores tradicionais”, ressalta Ana Carla Fonseca, que é diretora da Garimpo Soluções Criativas em São Paulo.

Durante a abertura do evento formaram a mesa de honra o presidente do Instituto de Comunicação e Cultura (ICC), Eduardo Pereira, o presidente do Conselho de Arquitetura e Urbanismo no Piauí (CAU-PI), Sanderlan Ribeiro, a presidente do Instituto dos Arquitetos do Brasil no Piauí (IAB-PI), Nícia Formiga, bem como Olavo Brás, secretário municipal de Economia Criativa da Prefeitura de Teresina, na oportunidade representando o prefeito Firmino Filho.


“Esse é um momento muito importante para todos que vivem em Teresina, pois as temáticas sustentáveis se tornaram centrais, ganhando cada vez mais espaço as ações voltadas para a economia criativa e solidária nas cidades. Acreditamos que através dessas discussões poderemos contribuir para transformar o Centro de Teresina, tornando-o viável economicamente, porém sem esquecer de deixar o espaço agradável para aqueles que ali vivem”, explica Olavo Brás. 

terça-feira, 25 de novembro de 2014

ABRAHÃO GAMA SERÁ HOMENAGEADO COMO PERSONAGEM CULTURAL DE TERESINA



Conhecido pelos sucos que comercializa há quase 60 anos no Centro de Teresina, Abrahão Gama é considerado patrimônio histórico-cultural da cidade. Em seu comércio, localizado na Rua Rui Barbosa, pessoas de toda a cidade param para tomar um bom refresco com pastel. Diante de sua importância cultural para a capital piauiense, seu Abrahão, como é conhecido, vai ser homenageado como personalidade cultural da história de Teresina, durante a abertura do último workshop Teresina Sustentável 2014 – Ação Centro, no dia 27 de novembro, no Metropolitan Hotel.

Abrahão Gama chegou à Teresina no início de 1945, vindo da cidade de São João dos Patos. Porém, a ideia de trabalhar com refrescos não veio de imediato. “Comecei trabalhando com garapa e picolé, nesse mesmo local, mas só que no outro lado da esquina. Um dia resolvi fazer refrescos de abacate e cajá, que foram os primeiros que comecei a comercializar, e daí pra frente fui só aumentando a variedade. Com o dinheiro que fiz comprei esse ponto comercial, onde estou até hoje”, conta. Hoje, são oferecidos na lanchonete do seu Abrahão mais de dez sabores diferentes de refrescos, com valores que variam entre R$ 0,75 e R$ 2,00.

Todas as polpas utilizadas na fabricação dos sucos do seu Abrahão são produzidas na própria lanchonete. As frutas são frescas e compradas no Centro de Abastecimento do Piauí (Ceapi), duas vezes na semana, com a supervisão do seu Abrahão, que também comercializa as polpas produzidas.

A ideia de homenageá-lo partiu da organização do evento, que este ano modificou o modelo de conferências para workshops com proposições concretas para melhorar o tráfego no Centro comercial e histórico de Teresina, apresentando soluções que possam proporcionar resultados práticos de curto e médio prazo. Os eixos de discussão do evento serão: mobilidade urbana, moradia, corredor cultural e economia criativa.

O Teresina Sustentável é uma iniciativa do ICC - Instituto de Comunicação e Cultura, IAB - Instituto dos Arquitetos do Brasil - Piauí e CAU - Conselho de Arquitetura e Urbanismo - PI. O evento é destinado para empreendedores culturais, artistas, profissionais e estudantes de Arquitetura, Urbanismo e Engenharia, bem como para todos aqueles que valorizam a cultura para o efetivo desenvolvimento das cidades. As inscrições estão abertas, são gratuitas e com vagas limitadas. Mais informações na página eletrônica do evento http://teresinasustentavel2011.blogspot.com.br/

segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Prefeitura de Teresina e IAB promovem PRÊMIO CANELEIRO DE ARQUITETURA SUSTENTÁVEL




A Prefeitura Municipal de Teresina, através da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Recursos Hídricos – Semam, em parceria com o Departamento do Piauí do Instituto dos Arquitetos do Brasil – IAB publicaram edital para a realização de concurso para fomentar o desenvolvimento de protótipos arquitetônicos, visando à implementação de práticas de sustentabilidade em edifícios educacionais na cidade de Teresina.

A divulgação dos melhores trabalhos acontecerá durante a realização do último workshop Teresina Sustentável 2014 – Ação Centro, que acontecerá no dia 27 de novembro, no Metropolitan Hotel. Na oportunidade, grupos de trabalho apresentarão soluções sustentáveis para o melhor desenvolvimento da mobilidade urbana de Teresina, em especial no Centro da cidade, onde os problemas de trânsito são mais graves. As propostas estão divididas em: Mobilidade Urbana, Moradia no Centro, Corredor Cultural e Economia Criativa.

"A realização do concurso é uma forma de fomentar a ideia de arquitetura sustentável no curso de Arquitetura, além de fazer com que os alunos pensem mais a respeito dessa questão para formularem soluções para a infraestrutura da nossa cidade, como propostas que se adequem ao clima de Teresina. As inscrições já estão encerradas e no momento estamos analisando e julgando os trabalhos participantes", afirma Nícia Formiga, professora do curso de Arquitetura da UFPI e membro do Instituto dos Arquitetos do Brasil.

O concurso foi realizado em uma única etapa para selecionar as melhores propostas, abrangendo duas modalidades: estudante e profissional. Aos escolhidos será concedida uma premiação em dinheiro, sendo R$15 mil para modalidade profissional e R$5 mil para estudante. Os trabalhos poderão ser apresentados de forma individual ou coletiva.